Patagônia e pinguins

Dizem que quando se vai a Roma e não se vê o Papa, a viagem não fica completa.

Digo o mesmo em relação à Patagônia. Ir até lá, e não ver os pinguins, não tem graça.

E foi por esse motivo que tive que repetir a viagem.

Fomos à Patagônia num cruzeiro lindo pelo Star Princess, que saiu de Buenos Aires, Argentina, em 30/03/2008, com destino a Valparaíso, no Chile. Foram 13 dias maravilhosos, com ótima programação no navio, e paradas em Montevidéu, Ilhas Falkland, (Malvinas), Ushuaia, Punta Arenas, Puerto Montt e Valparaíso. Descemos para passeios em todas, e naquelas onde se encontram colônias de pinguins sempre andávamos atrás deles. Sem sucesso.
Foi uma bela viagem à Patagônia, mas sem uma das suas atrações principais.

Em 2008, pinguins só de brincadeirinha. Esses estavam nos aguardando em Port Stanley, nas Ilhas Falklands.

Estivemos na Estação do Fim do Mundo e vimos montanhas cobertas de neve.

Voltei muito feliz com a ótima viagem, mas com a frustração de não ter cruzado com os pinguins, esses animaizinhos tão simpáticos.
Na verdade, eles chegam na região a partir do mês de setembro, para acasalamento, nascimento dos filhotes e troca de penugem, deixando o local quando vai chegando o mês de abril. 
Como eu cheguei por lá em abril, o desencontro era inevitável.

Na ocasião fiz o propósito de não deixar escapar outra oportunidade de viagem pela região, desde que em época mais propícia.

Passados alguns anos (e como passam depressa), voltamos para a Patagônia, também num cruzeiro pelo Rhapsody of the Seas, com saída em 14/02/2016 da nossa cidade Santos (SP).

Acima, o roteiro do nosso Cruzeiro.

Nossas primeiras paradas foram em Buenos Aires e Montevidéu. 
E no dia 20 de fevereiro chegamos a Puerto Madryn, já na Patagônia Argentina, porta aberta para nosso encontro com os pinguins e outras espécies de animais marinhos.

Escolhemos para passeio o da Península Valdés que, da mesma forma que Puerto Madryn, fica na Província Argentina de Chubut. Fomos numa excursão de ônibus, organizada pelo navio, que permitiu um bom aproveitamento do dia, com visitas aos pinguins e aos lobos-marinhos. 

Matei a vontade de ver pinguins, em quantidade e bem de perto, na Reserva Natural da Estância de San Lorenzo. Os pinguins passam a temporada do acasalamento numa área muito interessante, com um mar lindo. Vivem aos pares, em buracos personalizados. Cada casal tem o seu.

Para andar pela reserva, algumas regras, entre as quais a de respeitar o caminho dos pinguins. Eles têm direito preferencial na caminhada. Assim, deve-se parar, para que eles passem. 

Pudemos curtir bastante o vai e volta dos pinguins.

Romaria dos pinguins até o mar.

Almoçamos na Estância e seguimos para Punta Loma, onde se encontra uma colônia de lobos marinhos que convivem com gaivotas e  cormoranes.
No local há um mirante, para que se possa observar bem, embora à distância, os lobos-marinhos dormindo, brincando uns com outros, fazendo barulho. 

O passeio de um dia na parada de Puerto Madryn, o da Península Valdés, foi maravilhoso.
De lá seguimos para Cabo Horn e Ushuaia, capital da Terra do Fogo, e conhecida como a cidade mais austral do mundo, ou a Cidade do Fim do Mundo.
Em Ushuaia, fizemos o passeio imperdível pelo Canal de Beagle, divisa entre a Argentina e o Chile, e que promove o encontro entre os Oceanos Atlântico e Pacífico.
O barco é muito confortável, podendo-se ficar na parte coberta ou na externa. Pelo frio, ficamos na parte abrigada, saindo às vezes para apreciar, ainda mais, as paisagens maravilhosas.
O barco passa próximo da Ilha dos Lobos do Mar, da Ilha dos Pássaros e do Farol do Fim do Mundo.
Durante todo o passeio, a paisagem é deslumbrante.

Saindo de Ushuaia, para o passeio do Canal de Beagle.

E aí estão os lobos-marinhos, tomando seu solzinho no ar gelado de Ushuaia.

Abaixo, centenas de Cormoranes, pássaro encontrado em quantidade na região.

 Olhando-se com pouca atenção, pode-se confundir os cormoranes com os pinguins. Só que eles voam, ao contrário dos pinguins.

E, com forte presença, o Farol do Fim do Mundo, Les Éclaireurs.

Despedindo da Cidade do Fim do Mundo. O navio, esperando.

Saindo de Ushuaia, seguimos para o Estreito de Magalhães e a passagem fantástica pelos fiordes chilenos. Esse segundo cruzeiro, superou em muito o primeiro, não só pelos pinguins, como pelo passeio pelos fiordes. O outro havia feito esse caminho no período da noite, impossibilitando a visão das maravilhas.

Depois de tantas emoções, uma parada tranquila em Punta Arenas, Chile. Na foto abaixo, vista do nosso navio.

Em Punta Arenas, Praça Muñoz Gamero, onde até as árvores precisam de agasalho.

Depois de Punta Arenas, Valparaíso, onde terminou o cruzeiro. De lá, Santiago, Capital do Chile, onde fechamos com chave de ouro nossa viagem para a Patagônia. Dessa vez, completa.

A 1ª viagem para a Patagônia eu contei aqui.