São Paulo

Em fevereiro de 1946 minha família mudou-se para São Paulo (capital), que foi a primeira grande cidade que conheci. Naquele tempo, São Paulo da garoa, São Paulo dos caminhões de vendedores de figos (figos de Valinhos), dos bondes "camarões". Nossa residência passou a ser na rua Eça de Queiroz, nº 346, esquina com a rua Cel. Oscar Porto. Era uma casa grande, pelo menos para meus olhos de criança, e tinha um bom quintal. Fui estudar no Colégio Madre Cabrini, na rua Domingos de Morais. Era semi-interna. Entrava às 7, ou 7:30 da manhã, e voltava para casa no final da tarde. Tinha oito anos de idade. Saía de casa logo cedo, subia a ladeira da Eça de Queiroz até a rua Cubatão, atravessava a rua e tocava a campainha na casa da dª Maria Galimberti, mãe da Dayse, três anos mais velha do que eu, e que era minha companheira para irmos para a escola. Andávamos até a rua Domingos de Morais e tomávamos um bonde, que nos deixava na frente do colégio. Tempos tranqüilos, em que uma criança de...