Olinda e Recife
Sou fã de cruzeiros.
Em 2003 fiz o primeiro dessa era em que os cruzeiros se tornaram frequentes no Brasil. Depois disso consegui manter a média de um por ano.
Com o passar do tempo, e principalmente da idade, fui ficando cada vez mais admiradora desse tipo de viagem, pelo conforto e facilidade com que se vai de um lugar para outro. Sem uso de muitos transportes, e sem a preocupação de ter que carregar mala.
Em 2013 realizei o primeiro cruzeiro transatlântico, entre o Brasil e a Europa. Saímos de Santos no dia 22/04/2013 e chegamos em Barcelona no dia 05/05/2013.
Saída de Santos, com vista linda dos prédios da orla.
Os pontinhos de luz da orla de Santos vão ficando mais distantes.
E o sol vai se pondo.
E o sol vai se pondo.
Foram 13 dias muito agradáveis, com descidas em alguns portos, e com cinco dias inteiros só de céu e mar, atravessando o Oceano Atlântico.
Depois de Santos, nossa parada no Brasil foi em Recife, no dia 25/04. Já chegamos com o som bom e alegre do frevo.
Tivemos o dia para visitar Olinda e Recife, e sentir aquele astral bom da região.
A primeira vez que estive em Recife foi no ano de 1969, e também cheguei pelo mar.
Naquela época estava em atividade a Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro que, durante algum tempo, administrou os quatro navios conhecidos como Cisnes Brancos: Anna Nery, Rosa da Fonseca, Princesa Leopoldina e Princesa Isabel. Esses navios faziam algumas viagens para o nordeste, e mantinham linha regular entre Santos e Rio de Janeiro. Era uma delícia sair de Santos para ir de navio até o Rio, num fim de semana.
Pois foi num desses navios que fiz a viagem de Santos até Recife, em julho de 1969. Foram 5 dias de viagem que achei longos demais, pela saudade que estava sentindo do meu filho pequenino, que havia ficado em Santos.
A ideia era ficar uns dias para conhecer a cidade, mas a duração foi bem abreviada para voltar "correndo" para casa.
Depois estive outras vezes em Recife, para participar de Congressos. O tempo livre entre as reuniões não era muito para os passeios.
Então, na verdade, minhas passagens por Recife e Olinda foram rápidas, mas suficientes para mostrar como as cidades são lindas. E como são.
Ó linda!
Em abril de 2013, mãe de filhos adultos e avó, sem risco portanto de querer abreviar a viagem para voltar correndo para casa, resolvi me aventurar numa travessia. Mas com uma pontinha de preocupação pelos cinco dias inteiros de navegação.
A paisagem maravilhosa do céu e mar preencheu perfeitamente os dias, e os entretenimentos do navio, juntamente com os livros que levei, foram tão interessantes que nem deu para sentir que ficara cinco dias sem pisar em terra firme.
Na parada em Recife, quando descemos ao som do frevo, fomos direto para Olinda.
Olinda, cidade que foi a mais rica do Brasil Colônia entre o século XVI e primeiros anos do século XVII, e que faz parte do Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.
No Convento, capela com detalhes lindíssimos. Teto com trabalhos em madeira entalhada e pinturas.
A sacristia é fantástica. Azulejos, pinturas no teto, móveis em madeira entalhada. Muita beleza.
Fascinante.
Abaixo, na frente de painel de azulejos, nossos companheiros de passeios, o simpático casal Maria e Francisco, que conhecemos no navio.
Depois da visita ao Convento, seguimos para a Sé de Olinda .
Pelo elevador panorâmico de Olinda, que fica no prédio da Caixa d'água, subimos ao mirante, com paisagens lindas de Recife e Olinda.
De lá, a vista que se tem da Catedral é deslumbrante.
E no caminho para a Basílica de São Bento, mais e mais belezas.
Acima e abaixo complexo arquitetônico barroco da Basílica e Mosteiro de São Bento.
Abaixo, altar da Basílica de São Bento, madeira entalhada recoberta em ouro.
Andando pelas ruas de Olinda.
Loja de artesanato autêntico, num casarão tombado pelo patrimônio histórico.
Loja de artesanato autêntico, num casarão tombado pelo patrimônio histórico.
Ainda caminhando, parada obrigatória para admirar alguns bonecos de Olinda.
Hora de deixar as cores vivas de Olinda e seguir para Recife.
Almoçamos na Praia da Boa Viagem e resolvemos visitar o Centro Antigo, que achei lindo demais. Fiquei encantada!
Na Rua do Bom Jesus, antiga Rua dos Judeus, carregada de história, estão os casarões coloridos de Recife antigo.
Na antiga Rua dos Judeus, casarões antigos, e uma sinagoga reconstruída no local da primeira sinagoga que funcionou nas Américas, Kahal Zur Israel.
Almoçamos na Praia da Boa Viagem e resolvemos visitar o Centro Antigo, que achei lindo demais. Fiquei encantada!
Na Rua do Bom Jesus, antiga Rua dos Judeus, carregada de história, estão os casarões coloridos de Recife antigo.
Na antiga Rua dos Judeus, casarões antigos, e uma sinagoga reconstruída no local da primeira sinagoga que funcionou nas Américas, Kahal Zur Israel.
Ainda no centro, a Praça da República, com seu baobá enorme.
Os dias, nas paradas de um cruzeiro, precisam render muito. E acabam rendendo. Consegue-se rever ou conhecer novos lugares, passear bastante, mas é inevitável que se termine o dia com um gostinho de quero mais.
Quando se está mais ou menos perto de casa, até dá para planejar um retorno. Foi o que pensei, quando deixei Olinda e Recife na direção do navio e de novos destinos.
Vou voltar para rodar por Recife e Olinda, pelo menos por uma semana!
Já se passaram 5 anos, e eu não consegui voltar.
Alguma imprecisão no texto fica por conta do tempo passado entre a viagem e a redação.
As fotos são todas minhas, com exceção de uma do Claustro do Convento de São Francisco (foto do IPHAN) e a foto da Praia da Boa Viagem, que é daqui.
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