Lanzarote - a ilha dos vulcões






Lanzarote, uma das Ilhas do Arquipélago das Canárias, fica a 140 km da costa da África, embora faça parte da Espanha, da qual dista 1000 km.
Tive a oportunidade de conhecer Lanzarote quando, no ano de 2013, participei de um cruzeiro que saiu de Santos, SP, com destino a Barcelona, na Espanha. 
Ao escrever sobre minha visita à Ilha de São Miguel, relatando as belezas de Ponta Delgada, deixei registrado como é bom conhecer lugares que estão no caminho de um cruzeiro, lugares esses que dificilmente conheceríamos em outra situações.
Tenho que revelar que, antes desse cruzeiro, eu desconhecia totalmente a existência de Lanzarote, cuja capital é Arrecife. E que é conhecida como a Ilha dos 100 vulcões, embora se ouça falar em 200, ou mais.
E foi lá que paramos no dia 2/05/2013.
Uma ilha vulcânica, com muito pouca vegetação. Poucos arbustos, palmeiras e vegetação rasteira. Com uma paisagem lunar,  suas cores predominantes são o preto, cinza, marrom e vermelho. Associadas ao céu sempre azul e à beleza do mar.
Em Lanzarote não há fontes naturais de água potável, e a água consumida é uma água dessalinizada. Durante o ano inteiro chove pouco mais que 20 dias.
A ilha vive praticamente do turismo. Uma das poucas indústrias é a do vinho, e as parreiras que vimos por lá são bem diferentes das que conhecemos.
Ainda no porto pegamos um táxi e fomos para o Parque Nacional de Timanfaya, onde ficam as fantásticas Montanhas de Fogo.




Pelo caminho já pudemos apreciar a paisagem diferente. Muito árida, solo seco e escuro, vegetação mínima e casas espalhadas pela área. Casas baixas, todas brancas e com portas marrons. Sem grades ou muros, sem telhados, com coberturas em laje. Estrada muito limpa, sem propaganda. 


Igreja de Nossa Senhora del Volcano, no caminho para o Parque.



Chegando no Parque Timanfaya, compramos o ingresso incluído um passeio de ônibus por pequena parte da área, que no seu total tem 5000 hectares.
Na entrada do parque, há uma obra do arquiteto, escultor e ambientalista César Manrique, cujos trabalhos espalhados pela ilha atraem e encantam turistas.


Acima, o Diabo, emblema do local.


Assim que teve início o passeio de ônibus, começamos a assistir a um espetáculo fantástico. Parecia que estávamos em outro mundo. Vulcões inertes, campos de lava solidificada, curiosas formações geológicas, fendas, crateras, pedrinhas pretas. Realmente uma paisagem surreal e única.
O passeio de ônibus é por um caminho de aproximadamente 14 km, com duração de 40 minutos. É chamado de Rota dos Vulcões, e passa por 25 crateras, sendo que a mais elevada é a Timanfaya, que dá o nome ao Parque Nacional.




Paisagens fantásticas do Parque Timanfaya.




 A cada volta, uma paisagem surpreendente.




 Muitas crateras.



Caminhos de lavas solidificadas.


 Ao fundo, as casinhas brancas.



Depois do passeio de ônibus, visitamos as outras atrações do parque. 
Abaixo da superfície da terra a temperatura é muito alta, permitindo que batatas e carne sejam assadas em grelhas colocadas sobre buracos. 



Há, também, uma exibição de fogo saindo por algumas aberturas, ou fendas, e o jorro de água quente, vinda da terra. A água jogada em buracos volta poucos segundos depois, sob a forma de um gêiser bem fumegante. 
Quando estávamos assistindo a essas apresentações, fomos surpreendidos por um chuvisqueiro forte. Num lugar em que durante o ano chove pouquíssimo, acabamos premiados(!).




Abaixo, gêiser.


No parque também pode-se fazer um passeio de camelo. 
Há uma *"frota" grande de camelos, na verdade dromedários, e muitos turistas, levados pelo animal, se aventuram a um roteiro diferente pelas formações vulcânicas. 


 Passeio em camelos. Acima, foto minha.


Abaixo, parreiras vulcânicas, baixas, rentes à superfície.


O passeio ao Parque Nacional de Timanfaya foi maravilhoso. Como tínhamos somente um dia para aproveitar a ilha, acho que fomos felizes na sua escolha, pois pudemos conhecer paisagens notáveis e únicas.

* Seria uma cáfila? Lembrei do estudo dos substantivos coletivos, que nunca foram usados.
A foto inicial de formações geológicas é daqui.
A foto da entrada do Parque, é daqui.
A foto do passeio em camelos, é daqui.
As demais, são todas minhas.


Comentários

Que maravilha!! Estarei lá no dia 12 de novembro. Suas dicas foram ótimas. Um lugar realmente diferente. As fotos estão ótimas! Tem algum lugar bom para almoço? Ficaremos apenas um dia ba ilha!
Marly disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Marly disse…
Olá, Helô,

Passeio interessante este. Mas acho que eu só me aventuraria por aí pela curiosidade quanto ao solo vulcânico e tals, rsrs. É que eu tenho um certo medo de vulcões. Desde que li o livro de um geólogo que organizou uma equipe de cientistas para virem estudar o inativo vulcão Galeras, localizado na Colômbia, evento este que acabou por matar a maioria dos envolvidos - tendo quase matado também o organizador - devido ao fato de o vulcão ter entrado em erupção, enquanto os geólogos o estudavam, fiquei de pé atrás, com relação ao vulcões, rsrs.

Um beijo

P.S: tive que excluir o primeiro comentário, por haver omitido uma letrinha do nome do vulcão)
Nossa, Marly, eu nunca havia ouvido sobre esse desastre na Colômbia, e jamais pensei que pudesse acontecer uma coisa dessas quando eu estivesse no Parque de Timanfaya. E lá o número de vulcões é enorme.
Beijo.
Que bom, Maria Inês. Acho que você gostará bastante.
Não lembro de ter almoçado, mas no próprio Parque há um restaurante muito interessante. Beijo.
Pilar disse…
Ay Heloisa, qué bonito reportaje sobre Lanzarote, Realmente esa isla tiene un atractivo especial, es simplemente difefente, lunar, limpia, brillante ,¡ qué se yo! a mi me encanta, tembién admiro la obra de Cesar Manrique tan adaptada al paisaje. Precisamente la foto que tengo en el perfil del blog está tomada en Lanzarote. Pasé allí diez días y no me importaría volver. Me ha gustado mucho leer este escrito y me ha traído muchos recuerdos, gracias por presentármelo. Un beso

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