A deslumbrante São Petersburgo
Durante muito tempo a Rússia foi um mistério. Não se podia entrar lá, assim como seus
residentes de lá não podiam sair. É como se suas fronteiras fossem
intransponíveis.
Não havia a liberdade de ir e vir, nem a liberdade de
expressão
Só no ano de 1982 é que, lentamente, teve início sua
abertura, com Gorbatchev. E nessa época o bloco das repúblicas
socialistas soviéticas (URSS) começou sua desintegração.
Em 1991 deu-se a primeira eleição direta para Presidente da
Rússia, quando foi eleito Boris Yeltsin e, daí para os dias atuais, as mudanças
políticas e econômicas foram enormes.
Pela lembrança de todos aqueles anos em que nem se podia
pensar em ir à Rússia, é que penso ter sentido uma emoção diferente ao entrar no seu
território.
E enquanto aguardava na fila da fiscalização para ter meu
passaporte examinado, pensei em quanto era privilegiada por estar fazendo
aquela viagem, assim como senti muito orgulho ao saber que, como brasileira, não precisava de visto de entrada.
Logo depois de passar a barreira, estava me encantando com a deslumbrante São
Petersburgo, que de 1914 a 1924 chamou-se Petrogrado, e de 1924 a 1991 teve o
nome de Leningrado.
Deslumbrante. Muito deslumbrante. Assim é São Petersburgo.
Igrejas lindas, ruas e avenidas largas, palácios, monumentos, muitas flores, muitos canais, todos navegáveis. A cidade foi construída às margens do Rio Neva, e é cortada por ele e por outros rios e muitos canais, sendo por esse motivo conhecida como a Veneza do Báltico.
Começamos nosso passeio por São Petersburgo com um dia nublado e, em certos momentos, chuvoso. Mas isso não nos impediu de admirar toda sua beleza.
Foto tirada de dentro do ônibus. |
Aqui foi nossa primeira parada.
o século 1 quando o país apresentava um grande impulso industrial e econômico, sua arquitetura em es
o fôlego, e
Na sequência, a maravilhosa Catedral de Nosso Salvador do Sangue Derramado, impactante no seu exterior, com suas torres coloridas lindamente decoradas, como no seu interior, todo de mosaicos e mármore, com muitas pedras semi-preciosas e ouro. A Catedral data do final do século XIX, e seu nome faz alusão a sangue derramado porque foi construída no local onde ocorreu o atentado contra o Czar Alexandre II, em 1/03/1881, atentado esse que lhe causou a morte.
Primeira visão. |
O teto. |
Iconostasio |
Pisos com mais de 20 espécies de mármore, de vários pontos da Europa.
Lustres lindos. E por todos os lados, mosaicos e mais mosaicos, belíssimos.
Paredes inteiramente cobertas por mosaicos.
E por aqui, terminou nossa visita à maravilhosa Catedral. Do lado de fora, charretes para passeios.
Do outro lado da Catedral, esse lindo canal.
Mais uma igreja suntuosa: Catedral de Santo Isaac.
Rios, canais, pontes, barcos. Palácios, prédios fantásticos.
Prédios baixos. Imponentes.
Abaixo, a lindíssima avenida Nevskiy (Nevskiy Prospekt), com belas construções, muitas flores, restaurantes, lojas.
Entrada do metrô e passagem subterrânea por onde atravessamos a av. |
Restaurante onde fizemos um lanche e ficamos observando o movimento da Avenida Nevskiy. O fluxo de pessoas e de veículos era enorme. Não sei se por ser domingo.
Nessas duas fotos, vista parcial do "shopping" que nos foi apresentado como o maior da Europa (em extensão). É o Gostinny Dvor, construído em 1765, com fachadas em arcos e um interior muito interessante. As lojas ficam uma ao lado da outra sem qualquer separação.
Catedral Kazan, construção de grande destaque na Avenida Nevsky. Colunas que lembram o Vaticano.
Flores brancas no alto, e roxas embaixo. |
Berto, que monumento é esse? |
Atrás do monumento, esse grupo de jovens chamou minha atenção. Eles "brincavam", correndo em círculos, e falando alto. Todos vestidos socialmente. As moças, de salto.
Cruzador Aurora, ancorado permanentemente na margem norte do rio Neva. Dele saiu o primeiro tiro contra o Palácio de Inverno, em outubro de 1917, sinalizando o início da revolução bolchevique.
Matryoshkas, as bonequinhas que representam antigas camponesas da União Soviética, e boas lembrancinhas de viagem. Aqui expostas para venda, numa calçada próxima ao Cruzador Aurora.
Na volta para o porto, e de dentro do ônibus, conseguimos algumas fotos, entre as quais essas duas.
Nosso navio ficou ancorado em São Petersburgo durante a noite. Tirei essa foto, com três outros navios, da nossa cabine.
E aproveitamos a noite para assistirmos um balé. Afinal, estávamos na Rússia. No caminho para o teatro, pudemos ver a beleza de São Petersburgo à noite, com seus principais prédios iluminados.
Palmas, muitas palmas, para o balé, e para a deslumbrante São Petersburgo.
(A visita ao Museu Hermitage ficou para o próximo post).
Comentários
kkkk Que expressão mais antiga, mas é a que saiu assim que acabei de ler e ver suas belas fotos.
Helô, antigamente, nem tanto talvez, mas era impossível pensar em viajar para este país. Parecia tão inatingível, tão complicado em língua e costumes, mas para alguma coisa serviu a Perestroika do Gorbachev, abrindo e reestruturando economicamente este incrível país.
Eu adoraria visitar a Rússia, é meu sonho, mas temo pela distância.
Vendo suas fotos e de outra blogueira que também já foi, fico louquinha pra me enfiar num cruzeiro desses e ir até lá.
Parabéns, lindo passeio!
E olha só, os postes com flores, como em Londres eu vi. Acho isso o máximo, demonstra o alto grau de educação de um povo, respeitando as coisas públicas e a natureza.
beijinhos cariocas
Cada foto com sua história e tantas lembranças devem te dar, até na hora de montar o post. Imagino daqui há algum tempo!
Lindo! Adorei ver! beijos,chica
Bjs.
Conhecer a Rússia é um dos meus sonhos e a razão dele - vou confessar - é a minha grande admiração por vários escritores russos.
São Peterburgo, aliás, é mencionada por muitos deles, principalmente por Dostoiévsky, o meu preferido.
Viajei na sua empolgante narrativa e o meu desejo agora ficou maior, rsrs.
Beijo!
Conhecer a Rússia é um dos meus sonhos e a razão dele - vou confessar - é a minha grande admiração por vários escritores russos.
São Peterburgo, aliás, é mencionada por muitos deles, principalmente por Dostoiévsky, o meu preferido.
Viajei na sua empolgante narrativa e o meu desejo agora ficou maior, rsrs.
Beijo!
Tive de repetir o comentário por ter "engolido" o S de São Petersburgo, rsrs.